Infidelidade
Pesquisando sobre infidelidade, fiquei reflexivo sobre os resultados e estatísticas.
– Mais da metade dos homens e mulheres (70% homens e 60% mulheres) assumiram já terem traído na vida.
– 68% deles e 46% delas traem o parceiro atual.
– 9 em cada 10 casais brasileiros já passaram ou passam por infidelidade.
Esses dados não revelam nada que qualquer pessoa já não tenha comprovado observando o mundo.
Não é a toa que um dos serviços que mais vem crescendo no Brasil (e no mundo) são os sites de relacionamentos extraconjugais.
Sites onde pessoas relacionadas conhecem outras pessoas relacionadas para se envolverem.
A traição é uma atitude que gera uma repercussão energética tão desequilibrada que desestrutura completamente as bases lógicas para se manter um relacionamento.
Não estou aqui para julgar, mas infidelidade simplesmente não tem justificativa racional.
Pense bem...
Por que continuar com uma pessoa quando não quer mais ficar com ela?
A menos que você seja escravo, é claro.
Por que se comprometer e concordar se entregar à uma só pessoa quando você não quer ficar só com ela?
Somos indivíduos livres para fazermos nossas escolhas e vivermos da maneira que quisermos.
Mas o nosso direito de ser feliz termina onde o direito da pessoa que traímos começa.
Trair é enganar e desprezar a confiança que alguém deposita em você.
É cruel e mesquinho.
A partir do momento que decidimos nos envolver e comprometer com alguém, estamos automaticamente assinando um acordo social que estabelece que ficaremos somente com aquela pessoa.
A doação tem que ser total, afinal, você quis entrar nessa relação.
Ninguém te obrigou a entrar, nem te obriga a permanecer.
Comprometer-se é escolha; e toda escolha gera consequências.
Além de querer, você precisa estar apto a suportar as consequências.
Se em algum momento a relação para de dar certo, basta que cada um siga sua vida, pois somos dotados dessa liberdade.
O problema é que muitas pessoas escolhem os parceiros que lhes são mais convenientes:
Pessoas que se relacionam para compensarem uma carência, com medo de ficarem sozinhas.
Pessoas que se relacionam por dinheiro e bens materiais.
Pessoas que se interessam somente pela beleza do parceiro.
Há ainda aqueles que realmente se relacionam por sentimento, mas que não conseguem controlar os instintos.
Principalmente os homens.
Agir por instinto é negligenciar nosso único atributo que nos diferencia das demais espécies animais: a racionalidade.
É reproduzir um comportamento primitivo e animalesco que desde os primórdios ainda vigora em nossa espécie.
E o pior é que há inúmeros casais onde um (ou os dois) sabe que está sendo traído, mas se faz de cego.
Alguns até traem como forma de vingança.
Esse pensamento é absurdamente irracional.
Por que se vingar quando você pode se libertar?
Por que alguém suporta ser traído e age com complacência ao invés de terminar e seguir a vida?
Em parte, a culpa disso é da igreja católica que por séculos condenou o divórcio e acabou incutindo nas pessoas uma mentalidade onde é mais digno sofrer numa relação fracassada e de aparências do que se libertar e viver sozinho e/ou procurar outro parceiro.
A liberdade de viver como quisermos e sermos quem quisermos é um direito e devemos exercê-lo.
Se você não está feliz na relação, au revoir e vá ser feliz fora dela.
Assim você se liberta e também liberta a pessoa que está com você.
"Marujo que é marujo sabe a hora de zarpar"
– Gabriel, o Pensador
Abraços e muita paz.
Att, Luiz Claudio.
