Um choque nos mamilos


No último final de semana eu estava com o pessoal da igreja na pizzaria e resolvi levar minha irmã para conhecê-los um pouco e interagir.
Comemos, conversamos e tudo corria agradável – apesar do sentido observador da minha irmã estar funcionando a pleno vapor.

Quando saímos da pizzaria resolvemos ficar conversando em frente a igreja.
No total éramos 10 pessoas, sendo 7 evangélicos (e vão sempre à igreja).
Papo vai, papo vem, um sujeito passou por nós com uma latinha de cerveja na mão e aparentava estar bêbado. Ele passou por nós e exclamou: "Boa noite! Paz do senhor, irmãos!"
Os únicos que responderam foram eu, minha irmã (não vai a igreja) e uma colega (vai a igreja as vezes).
Os outros tiveram reações variadas: uns fingiram que nem ouviram o sujeito e outros olharam com desprezo como se ele não merecesse o "boa noite", como se não merecesse ser tratado educadamente pelo fato de estar bêbado.

Alguém fez um comentário (não lembro o que, mas infeliz, por sinal) e minha irmã, que não tem um senso de contenção como o meu e possui resposta para tudo na ponta da língua, disparou:
– Gente, por que ninguém respondeu ao cara?
A líder da mocidade da igreja respondeu:
– Ele não precisa! A paz que ele queria já estava na mão dele. – se referindo à cerveja.
Minha irmã deu a tréplica:
– E o que que tem? Isso só prova que ele mais do que ninguém precisa da paz do senhor e vocês que se dizem povo de Deus, que deveriam pelo menos desejar a paz do senhor, não o fizeram. Nem boa noite responderam.

Normalmente eu não costumo achar legal responder gente que se acha certa em tudo, mas quase aplaudi minha irmã na hora.
Todo mundo parou para refletir e as palavras (sermão) dela foi um choque nos mamilos do pessoal. A líder da mocidade até hesitou em responder, mas ficou sem palavras e mesmo com uma cara de quem chupou limão teve que se calar e admitir que minha irmã (que não frequenta nenhum templo religioso ou estuda qualquer doutrina) deu uma lição de moral cristã em quem mais deveria agir tal qual o que prega o evangelho de Cristo.

O mais engraçado foi que minutos depois o mesmo sujeito veio descendo a rua e passou de novo por nós. Novamente ele nos desejou boa noite e paz do senhor e dessa vez foi uníssono. Todos responderam.

Moral da história: tirem suas conclusões. Estou com preguiça. haha'

Att, Luiz Claudio!

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