Entre o Céu e a Terra


Sempre fui um sujeito muito curioso em relação a praticamente tudo e é algo inato, pois desde a mais tenra idade eu era curioso e observador.

Não obstante, ao longo desses meus 19 anos de vida transitei por diversas doutrinas religiosas e espiritualistas e, apesar de algumas serem bastante legais nos ensinamentos morais, sempre deixavam a desejar em alguns pontos. Como nunca fui de engolir respostas meia-boca ou sem fundamentos, sempre me afastei de todas...

Há um tempo venho estudando profundamente a Doutrina Espírita (amplamente conhecida pelas obras de Kardec, por isso conhecida como Espiritismo Kardecista) e confesso que foi a doutrina que mais me completou. É lógico que ainda tenho muitas dúvidas, mas na medida do possível tenho obtido todas as respostas que procuro dentro da lógica que me guio.

O problema, porém, é que nós seres humanos somos extremamente dependentes de nossos sentidos e temos o péssimo hábito de achar que tudo que não nos é perceptível, é inexistente.
Esse tipo de pensamento vindo de pessoas ignorantes eu até consigo relevar, porém quando ouço gente esclarecida falando esse tipo de coisa fico indignado.

Pessoas se esquecem que muita coisa que não era perceptível através dos nossos pobres sentidos há anos era dada como inexistente e quem achasse que existia era considerado maluco.
Um grande exemplo é a nossa visão que possui um espectro limitado de ação. Quando os comprimentos de onda vão se aproximando do infravermelho ou do ultravioleta, ficamos completamente cegos, porém alguns animas conseguem enxergá-los. Hoje sabemos que existem ondas de infravermelho e também de UV, mas somente porque temos tecnologia capaz de detectá-las.
Em se tratando de nossa audição, também possuimos um espectro definido e também há animais que conseguem escutar sons que nos são insensíveis.



Esta volta toda que dei foi para mostrar como nossos sentidos são falíveis em se tratando de nos dar certeza da não-existência de algo.
Talvez eu seja um pouco maluco, mas eu costumo acreditar que nada em impossível. Acredito em espíritos, acredito em seres folclóricos, acredito em vida em outros planetas (em todos os planetas do nosso sistema solar) e em todas essas coisas que nos ensinam como fantasiosas desde quando nascemos.
Com um universo infinito e em expansão, com milhões de galáxias, bilhões de sistemas solares e trilhões de planetas, achar que somos a única forma de vida inteligente chega a ser um insulto à verdadeira inteligência. Devemos admitir nossa ignorância e considerar que somos um grão de areia no deserto.

E para refletirem um pouco, deixo uma célere frase de Shakespeare que sempre utilizo:
"Há mais mistérios entre o céu e a terra do que a vã filosofia dos homens possa imaginar"

Att, Luiz Claudio

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