O outro lado da história
Esses dias estava assistindo Malévola.
O filme conta a história da bruxa que enfeitiçou a Bela Adormecida.
Além de um enredo fascinante e mostrar o outro lado da história, o filme é protagonizado pela incrível Angelina Jolie.
Achei esse filme um dos mais fodas que já assisti.
Apesar de um clima sombrio que percute o filme inteiro, ele nos faz perceber como toda moeda tem dois lados e que é importantíssimo enxergarmos esses dois lados.
Durante anos crescemos aprendendo uma versão dessas histórias infantis. Por consequência, acabamos odiando os personagens maus, pois achamos que eles dedicam a vida para prejudicar as pessoas sem razão além da maldade pura.
Assim fazemos também com as pessoas no dia-a-dia. Estamos frequentemente julgando as pessoas mentalmente. É um impulso quase que incontrolável, mas raramente paramos pra pensar no que levou tal pessoa a agir de certo modo.
É bem mais fácil apontar o dedo e dizer que faria melhor/de outra maneira, mas será que se tivéssemos passado e vivido tudo que aquela pessoa passou/viveu, teríamos agido diferente dela?
Não sei!
Um grande exemplo é a líder da mocidade. Ela é uma pessoa extremamente autoritária e, digamos, chata.
É nova, mas tem pensamento de velho, desses antiquados.
De início eu vivia julgando mentalmente as atitudes dela. Sempre imaginando que eu seria um líder muito melhor que ela, que tomaria as decisões bem melhor que ela toma e etc.
Depois de um tempo comecei a me perguntar a raiz de todo esse autoritarismo e comportamento ranzinza. Me dei conta então que ela foi criada em lar onde todos seguem esse modelo de educação. Onde alguns velhos costumes são praticamente sagrados e ai de quem desrespeitar.
Durante toda a vida dela, foi doutrinada a acreditar que um líder deveria agir daquela maneira e, seguindo esse conceito, ela não poderia ter se saído melhor. Aplica o que aprendeu com maestria.
Mas os tempos mudam, as pessoas mudam, as mentes mudam e ela precisa se atualizar, se aquiescer. Devemos estar sempre nos redoutrinando.
Desde então parei de julgá-la e comecei a entender o que ela passa. Tento sempre pensar como se eu estivesse dentro da cabeça dela, então sei porque ela age da maneira que age.
Acho que o mundo seria um lugar perfeito se todos sempre fizéssemos isso, nos colocássemos no lugar ou dentro da cabeça do próximo, antes de sair apontando ou criando atrito.
Att, Luiz Claudio.
