Tempestade em copo d'água

Você não é mais infeliz do que ninguém, suas dores não são as piores, seus problemas não são insolúveis, suas lágrimas não são as mais sentidas de todas. Cada um de nós passa pelas tempestades que são próprias à jornada pessoal, ou seja, não adianta querermos nos comparar com ninguém, afinal, a dor dói para todo mundo.
Marcel Camargo (PsiconliNews)


É normal que achemos sempre que nossas dores são mais doloridas, até porque a estamos vivenciando e experimentando na pele.

Acontece que muitas vezes superdimensionamos nossas dores e conflitos e passamos a enxergá-los com exagero, como se fosse o fim do mundo.

Quando agimos assim, corremos o sério risco de nos tornamos vitimistas (vampiros emocionais).

Isso, além de fazer com que nos tornemos pessoas preocupadas/desesperadas (o que em nada ajuda na resolução do problema), nos torna pessoas egocêntricas que estão sempre focadas nos próprios problemas, como se fossem os maiores problemas do universo.

Passamos a ignorar por completo a dor dos outros, perdemos a nossa capacidade de sentir empatia pelas pessoas e começamos a exigir que elas tenham mais empatia para conosco.

Por mais difícil que seja, afinal cada um reage de maneira distinta frente aos problemas, devemos nos manter com o mínimo de lucidez e racionalidade possível.
Como já dizia o velho ditado: se você não é parte da solução, é parte do problema.

É preciso muita sabedoria e sensatez para perceber que não somos os mais infelizes e desafortunados do universo, que nossas dores, por piores que nos pareçam, não são piores que as dores de ninguém e que, se observarmos a partir de uma outra ótica, poderemos descobrir meios incríveis de solucionar nossos problemas ou, no mínimo, aprender a lidar com eles da melhor forma.

Att, Luiz Claudio

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