Deixa a vida do irmão
Um fato do qual me dei conta é o de que sempre estamos julgando as coisas e as pessoas - Principalmente as pessoas. Tornou-se um hábito.
Isso me levou a refletir por bastante tempo... Aproveitei certa madrugada que estava sem sono e esse pensamento se estendeu até a noite do dia seguinte.
Será que isso é natural do ser humano? Julgar tudo baseado somente nas suas concepções?
E o pior que geralmente nossas concepções são extremamente egoístas...
Creio que de certa forma nós precisamos saber discernir o bem e o mal, separar o joio e o trigo. Mas algo que nunca deveríamos fazer é julgar os outros, pois não conhecemos a história de ninguém. Cada um sabe o peso que carrega, as mágoas e as angústias de uma vida de provações, erros e acertos. O que é certo para mim, pode não ser para outro. O que é errado para você, pode não ser para mim. Então devemos parar de julgar os outros.
Conheço pessoas que apesar de possuírem bastante conteúdo, grosseiramente falando, no final todo esse conteúdo não vale de nada, pois estas mesmas pessoas se tornam insuportáveis já que estão sempre julgando os atos alheios. E não são alguns atos, são praticamente todos os atos. O tipo de gente que se preocupa mais com o que o próximo está fazendo do que com a própria vida. Vivem estereotipando as pessoas, sempre rotulando.
Não sou nenhum hipócrita pra dizer que não julgo. CLARO que julgo. O tempo todo. Mas procuro sempre vigiar para não passar dos limites. Observo, faço meu julgamento e guardo para mim.
Não sei se é agradável ou não, mas é um jeito que encontrei de esconder esse hábito horrível.
Uma antiga parábola conta que sempre quando apontamos um dedo para alguém, outros três se voltam para nós. Então muito cuidado ao julgar os outros. Nem Jesus, que foi um grande sujeito (dotado de sabedoria e tranquilidade extrema) rotulava as pessoas. Pelo contrário, os documentos mostram que ele acolhia a todos, desde ladrões à prostitutas. E por isso devemos sempre seguir seu exemplo.
Um antigo conto diz:
Uma mulher tomava seu café da manhã com seu esposo e olhou pela janela. Reparou nas roupas que a vizinha havia estendido no varal e comentou com o esposo: "Mas que mulher descuidada. Põe as roupas sujas no varal". E o esposo quieto, só ouvindo.
No dia seguinte enquanto tomavam o café da manhã, novamente a mulher olhou pela janela e exclamou: "Como é possível? Ela continua a pendurar roupas sujas no varal. Que mulher desleixada." E o marido mais uma vez calado e ouvinte.
Alguns dias passaram-se e tornou-se um hábito da mulher falar mal da vizinha e da maneira como ela estendia as roupas no varal.
Certa manhã, lá estava o casal tomando café quando a mulher teve uma surpresa. Olhou pela janela e viu as roupas da vizinha, brancas como nunca tinha visto antes. E exclamou: "Finalmente ela aprendeu! Deixou de estender roupas sujas no varal e passou a limpá-las."
O marido que até então sempre ficara calado, levantou e disse para sua esposa: "Mas ela nunca deixou de lavá-las. O que aconteceu foi que ontem EU limpei nossa janela que estava bastante suja".
A mulher se calou e continuaram suas vidas.
Ou seja... Quando aponta um dedo, três se voltam para você.
Antes de criticar os outros, veja se sua janela está limpa o bastante para que não influencie no seu julgamento.
Atenciosamente, Luiz Claudio

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